Polícia suspeita que Hytalo Santos e o marido planejavam fugir pela fronteira para evitar prisão por exploração sexual infantil.
O influenciador digital Hytalo Santos e o marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro, foram presos na manhã desta sexta-feira (15) em uma mansão alugada em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A Polícia Civil suspeita que o casal pretendia cruzar a fronteira por Foz do Iguaçu ou outro ponto no Sul do país para deixar o Brasil e evitar a prisão.
Segundo o delegado Fernando David, do 3° Departamento de Investigações Gerais (DIG) do Deic, o mandado de prisão foi expedido na madrugada de quinta-feira (14) e já havia indícios de que os dois tentariam fugir. “A suspeita é que eles estavam tentando se evadir. Sabiam que seria expedido o mandado”, afirmou.
O casal saiu de carro da Paraíba e foi monitorado pela Polícia Rodoviária Federal, que repassou as informações à Polícia Civil paulista. Para os investigadores, o deslocamento indicava um plano para chegar a uma rota de saída do país, possivelmente passando por Foz do Iguaçu, na fronteira com Paraguai e Argentina.
No momento da prisão, cada um carregava quatro celulares — oito aparelhos no total, apreendidos para perícia. Eles não tinham passaportes, apenas documentos de identidade.
Investigação e repercussão
Hytalo e Euro são investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por tráfico humano e exploração sexual infantil. O influenciador responde a duas ações no órgão e a um procedimento do Ministério Público do Trabalho (MPT).
O caso ganhou repercussão nacional após o influenciador Felca denunciar, nas redes sociais, vídeos de Hytalo em supostos contextos sexuais com menores de idade.
A operação que resultou na prisão contou com MPPB, MPT, Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, além da PRF. O casal está preso preventivamente em São Paulo e deve passar por audiência de custódia. A Justiça da Paraíba decidirá sobre a transferência.
O que diz a defesa
A defesa de Hytalo afirma que ele sempre se colocou à disposição das autoridades e que não teve acesso ao conteúdo da decisão que determinou a prisão, o que impediria uma manifestação detalhada. Os advogados informaram que vão adotar as medidas judiciais cabíveis, incluindo pedido de habeas corpus.
Fonte: Portal da Cidade